Reforma Protestante

Rei Henrique VIII
As 95 teses contra a Igreja

 As críticas ao domínio da Igreja Católica criaram um ambiente favorável ao desenvolvimento de novas interpretações da Bíblia.

  A reforma protestante

Crise religiosa
  Durante a Idade Média, a autoridade da Igreja Católica era quase inquestionável. Mesmo assim já havia quem ousasse discordar dos ensinamentos e da prática da Igeja. Essas pessoas eram consideradas HEREGES, ou seja, transgressora da doutrina e dos dogmas católicos, sendo por isso perseguidas pela Igreja. Entre elas, podemos citar John Wyclif, na Inglaterra, e Jan Hus, na Boêmia, na atual República Tcheca. As críticas dessas pessoas concentravam-se, principalmente:
 >Na venda de cargos eclesiáticos a pessoas que não tinham vocação religiosa.
 >No luxo e na riqueza que os membros do auto clero desfrutavam.
 >No despreparo intelectual de grande parte dos padres.
  Esses movimentos não evoluíram devido à falta de apoio a sociedade, ainda dominada pela mentalidade medieval, e à forte repressão movida pelos governantes.
 No século XV, o fortalecimento da burguesia e o interesse dos reis em ampliar seu poder foram decisivos para fortalecer a crítica à Igreja Católica e provocar a sua divisão.
 -A burguesia pretendia aumentar seus lucros e acumular riquesas. Isso era condenado pela Igreja Católica, embora ela mesma fosse riquíssima e grande proprietária de terras.
 -Os reis precisvam aumentar seu poder, mas viam na força da Igreja um obstáculo para conquistar esse objetivo.
 Tais mudanças foram fundamentais par que as críticas se transformassem em ruptura e levassem à reforma
  religiosa do século XVI.

  O início
  Em 1517, o papa Leão X decretou a venda de indulgências, que assegurariam o perdão dos pecados de uma pessoa em troca de uma quantia em dinheiro. O dinheiro seria usado no término da construção da basílica de São Pedro, em Roma.
 Na Saxônia (região da atual Alemanha), o monge Martinho Lutero revoltou-se com o escândalo das indulgências. Como resposta, ele pregou na porta da catedral de Wittenberg um documento com 95 pontos contrários aos ensinamentos e às práticas da Igreja Católica.
 Recusando-se a voltar atrás nas ideias defendidas, em 1520 Lutero foi decretado herege pelo papa e excomungado da Igreja. Apoiado por príncipes alemães, ele continuou difundindo sua doutrina. Assim começou a Reforma Protestante.

 A doutrina luterana
 A doutrina luterana tinha três pontos principais:
 >Justificação pela fé. A pessoa é salva por meio da fé e não pelas obras que pratica.
 >Sacerdócio universal. Todos os crentes podem interpretar por sí mesmo os textos sagrados.
 >Negação da infalibilidade da igreja. A única fonte da verdade é a Bíblia, e não a tradição ensinada pela Igreja.
 Além disso, Lutero manteve apenas dois dos sete sacramentos católicos: o batismo e a eucaristia. Ele também negou a infalibilidade do papa, a existência de uma hierarquia dentro da Igrejae suprimiu o culto à Virgem e aos santos.

 O calvinismo e o anglicalismo
 Calvinismo: Criado por João Calvino, protegendo-se das perseguições religiosas que ocorriam na França, refugiou-se na Suíça. Nessa região entrou em contato com outras ideias protestantes, que os ajudaram a formar uma nova doutrina.
 Anglicanismo: Criado pelo rei Henrique VIII, que queria se separar de sua esposa Catarina de Aragão(filha dos reis católicos da Espanha) porque ela não o dava filhos homens. O rei queria então se casar com a dama da corte, Ana Bolena. A Igreja Católica não admitia o separamento e principalmente porque o rei não doava terras a Igreja. Assim ele criou o Anglicanismo, onde era aceito o divórcio.